A teoria da reencarnação é um método de explicação da problemática convincente para o cliente.
Quando o indivíduo aceita a existência da lei do karma o processo de aceitação de seus males torna-se amenizado e suportável. Ele sabe que os seus sofrimentos foram gerados pelos seus próprios atos praticados no passado.
Partindo do ponto de vista de que a TVP utiliza as experiências de vidas passadas que ficaram retidas na memória do paciente, deduz-se que todos os outros métodos terapêuticos lidam com os efeitos. Pois as verdadeiras causas originais dos sintomas e enfermidades estão fora do seu alcance. Estamos nos referindo a doenças ou problemas originados em precedentes reencarnações. Haja vista que há complicações orgânicas, emocionais ou sociais produzidas por inconsciência, imaturidade ou irresponsabilidade do indivíduo. Assim há problemas kármicos e não kármicos, embora a experiência tenha nos mostrado que a esmagadora maioria dos sofrimentos humanos seja de origem kármica. Vale lembrar que o estudo do karma é complexo e profundo. Tirar conclusões precipitadas nesse tema é um desatino.
É possível superar o karma?? Afirmativo. Caso contrário não teria sentido a reencarnação e muito menos a TVP. Lembramos que o karma é energético ou quântico. O “quantum” gerado produz um dado efeito. Alterando-se a freqüência vibracional do “quantum” gerador muda-se o efeito. Cada ato, pensamento, palavra, sentimento ou qualquer ação produzida pelo homem ou pela mulher produz um “quantum”. A soma desses “quanta” (“quantuns”) se condensará em efeitos orgânicos, psíquicos, mentais, espirituais, sociais, econômicos, etc.
Alterando-se CONSCIENTEMENTE esses “quanta” (“quantuns”) muda-se o efeito, aliviando, superando ou eliminando os sofrimentos orgânicos, psíquicos, espirituais, sociais, econômicos, etc.
A TVP produz resultados mais estáveis e longos do que as psicoterapias usuais.
Qualquer psicólogo, psiquiatra ou analista sabe que a taxa de recaída dos pacientes tratados com as terapias convencionais é muito elevada. Na TVP a experiência de milhares de terapeutas regressionistas demonstra que os resultados positivos no tratamento são mais estáveis e longos. Confira nas obras de Netherton, Brian Weiss, Dethlefsen, Wiesendanger, etc.
A TVP também produz resultados por efeito placebo.
Não há a menor dúvida de que a TVP também produz resultados positivos por efeito placebo do mesmo modo que muitos outros sistemas terapêuticos ortodoxos o fazem. Mas, afinal o que é um placebo?
A palavra latina placebo traduz-se como agradar, dar prazer. Afirma-se que surgiu pela primeira vez no “Quincy’s Lexington” de 1787 na qual é definida como método comum em medicina. Em 1811 no “Hoopers Medical Dictionary” foi definida como: “…qualificação dada a toda medicação prescrita mais para agradar ao paciente do que para ser-lhe útil”.
Muitos pesquisadores consideram os medicamentos homeopáticos como placebo. Hahnemann por exemplo, indicava fornecer grãos de lactose (açúcar do leite) aos seus pacientes nos intervalos em que esperavam o efeito dos medicamentos homeopáticos. Simplesmente o fazia para agradar ao paciente. Kent, também utilizava o placebo no campo experimental.
Em 1945, Pepper publicou o trabalho intitulado “Note on Placebo” (in Kissel, P e Barracaud, D “Placebo et effect em médicine”- Placebo e o efeito em medicina – Chez Masson, Paris, 1964). Nesse artigo ele reclamava da não importância dada a esse assunto.
Em 1953, Gaddum sugeriu que a palavra placebo fosse substituída por simulacro, pois se adaptava melhor. Seria o termo ideal para descrever substância sem efeito.
Dr. A. K. Shapiro (in “Factors contributing to the placebo effect”- Fatores contributivos para o efeito placebo- American Journal of Psychoterapy, 18, suppl.1,73,-1964) designa placebo como qualquer tratamento ou fase de tratamento que não tem ação específica sobre os sintomas do paciente ou doença.
O efeito placebo por ser observado em alterações fisiológicas objetivas ou subjetivas. É benéfico em muitas ocasiões pois o objetivo final é a melhora ou o alívio do paciente. Há variados trabalhos científicos acerca do tema os quais não nos deteremos a estudar.
Vimos pelas menções acima que o efeito placebo faz parte do contexto terapêutico de muitas áreas da medicina. Em alguns casos específicos produzem resultados surpreendentes até mesmo para os pesquisadores.
É óbvio que na TVP esse efeito também ocorre. Como terapeuta, não estou preocupado se a narração do cliente é verdadeira ou não. Detenho-me ao resultado prático, palpável, real que ocorre com ele, pois a finalidade da terapia é ajudar o paciente. Entretanto, gostaria de ressaltar que em nossa vivência pessoal posso afirmar que cerca de 99% das narrações são autênticas ou estão mascaradas em descrições simbólicas ou próximas ao fato real ocorrido no passado.
A TVP é segura. O agravamento, segundo relatos é de 1 para 100.000.
Em nossa experiência pessoal nunca testemunhamos um caso de agravamento. A TVP resolve, ajuda ou minimiza o sofrimento ou é nula. Alguns mal-estares podem ser observados em alguns clientes após a sessão, sobretudo quando ocorrem fortes descargas emocionais. Contudo, tais reações se dissolvem quase que imediatamente terminada a sessão e o paciente então, sente-se muito melhor. Na verdade ocorreu uma catarse ou limpeza. Em nossa prática clínica jamais utilizei hipnose, mas há terapeutas regressionistas que a usam. Há literatura acerca do tema que menciona alguns efeitos suaves e incômodos pós-regressão hipnótica. Tais reações passam rapidamente.
Utilizando-se o sistema alfagênico (o estudaremos em lições posteriores) o risco do agravamento se reduz a praticamente zero. Já no processo hipnótico (o qual, na nossa insignificante opinião desaconselhamos) o risco é pequeno, entretanto ligeiramente maior do que no alfagênico.
Autoproteção do regredido (não avança mais do que o seu limite).
Dr. Léon Chertok, médico chefe no Centro de Medicina Psicossomática de Paris, ( in “ “ Hypnose Theorie, Praxis und Technik eines psychoterapeutischen” – Hipnose, teoria, prática e técnica de um procedimento terapêutico – Fischer, Frankfurt, A.M., 2a edição, 1989) afirma que: …”Felizmente, o próprio doente toma precauções quanto à segurança a medida que adota uma postura defensiva. Pacientes com personalidade fraca ou que sentem o perigo ameaçando sua personalidade tem mecanismos de defesas suficientes que impedem ou permitem uma fluência do tratamento hipnótico (…) …Eles não se transformam nunca em completos autônomos.”
Chertok usa a hipnose mas no entanto comprovou que mesmo em transe profundo o paciente mantém suas defesas naturais contra qualquer situação, descoberta, ou colapsos por demais abaladores.
Aqui cabe destacar um ponto importantíssimo para o terapeuta regressionista. Quando ocorre não surgir na tela mental do cliente nenhuma vida anterior durante uma sessão de regressão não significa incapacidade do terapeuta ou ineficiência do método. Em casos desse tipo nem o terapeuta nem o cliente devem ficar frustrados. Novas tentativas devem ser feitas. Se, por ventura, após duas ou três tentativas em sessões posteriores ocorrer o mesmo, significa que o cliente não está maduro o suficiente para suas experiências. Deve-se dar um intervalo de alguns meses para novas sessões. Caso o mesmo fato ocorra quer dizer que o paciente está bloqueado em seu psiquismo com algo forte. Provavelmente não está apto para esse tipo de terapia. Em nossa experiência diária encontrei raríssimos casos desse tipo.
Quando não ocorre a experimentação de vidas passadas pelo paciente em uma primeira sessão é possível ocorrer um abandono do paciente pelo tratamento, contudo não significa que ele esteja bloqueado. Por essa razão é necessário insistir por mais algumas vezes.
Volto a insistir que o bloqueio total é caso raríssimo, talvez algo em torno de 1 para 10.000. Já o bloqueio parcial, ou seja, insucesso em uma ou duas tentativas é da ordem de 1 para 1.000.
As razões para esses bloqueios podem ser de ordem estritamente psíquica ou espiritual. Na psíquica o rompimento de bloqueio é relativamente fácil. Basta haver persistência do paciente e do terapeuta. Nos casos espirituais é por demais profundo e complexo requerendo um estudo de caso a caso.
A TVP produz resultados positivos visíveis na vida do regredido.
Dr. Stanislav Grof, já mencionado anteriormente, opina que: “ … A experiência do renascimento, via de regra, estabelece que o amor, solidariedade e respeito são despertados antes da vida ….”
Qualquer terapeuta regressionista sério sabe muito bem que a rememoração de passadas existências produz profundas mudanças no paciente. Tal mudança provém de sua própria experiência de vivência de algo existente em seu interior e que subitamente vem à tona.
Nas terapias ortodoxas isso não ocorre porque elas eliminam os sintomas mas dificilmente chegam às causas reais das doenças.
A TVP utilizada séria e sensatamente é uma ferramenta eficaz para a psicoterapia preventiva.
Nossa civilização caótica necessita urgentemente de uma forma de psicoterapia preventiva como a TVP. É espantosa a insanidade psíquica de grande parte da população. Em 1984 o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos procedeu a uma enquete com 1000 entrevistados em três grandes cidades (New Haven, Baltimore, e St. Louis) no qual o resultado foi desastroso. Cerca de 10% da população adulta sofre de sintomas de doenças psíquicas. Nos EUA são cerca de 43 milhões de pessoas. É um número alarmante.
Mas isso não é somente nos EUA. O Instituto Max-Planck para Psiquiatria em Munique, Alemanha também chegou a dados estarrecedores. Um em cada cinco cidadãos alemães sofre de alguma perturbação mental que requer tratamento.
A teoria da reencarnação explica que tais alterações psíquicas radicam-se em precedentes existências. Ao se compreender a base kármica desses males os indivíduos terão maior percepção de seu estado levando-os a melhoras significativas.
É necessário ao ser humano uma nova visão de sua existência. As pessoas querem respostas e não teorias. Dethlefsen diz: “ …A alma sempre adoece em virtude da falta de significado da vida…”.
A TVP pode ser uma poderosa ferramenta em auxílio de nossa humanidade doente.