O Que é Hipnose


Quando ouvimos falar de rememoração de vidas pregressas, quase sempre a associamos a hipnose. Ocorre que para recordar as vidas anteriores não é necessário apelar-se para hipnose, pois o estado alfagênico supre perfeitamente as necessidades de visualização e revivência de pretéritas encarnações.

InfelizmenteHipnotizador, Sono, Trance, Hipnose a visão que o grande público tem da hipnose foi fornecida pelos filmes e por demonstrações de palco. Aliás, tais experiências inclinam-se mais para a comédia do que para o assunto sério. Com a visão destorcida a maioria dos indivíduos passa a vê-la como algo assustador, perigoso, constrangedor, etc. Insisto que na TVP é perfeitamente dispensável o uso do processo hipnótico. Respeitáveis terapeutas regressionistas em várias partes do mundo desaconselham o uso da hipnose. Em nossa experiência pessoal jamais utilizamos a hipnose. Entretanto é necessário que entendamos melhor o fenômeno psíquico chamado hipnose.

 

O QUE É HIPNOSE

A hipnose é um estado mental semelhante ao sono, provocado artificialmente por alguém, e no qual o indivíduo perde sua autonomia e livre decisão. Obedece as ordens do hipnotizador sem questionar. As sugestões passam a ser ordens para o hipnotizado. No estado hipnótico há ocorrências de muitos fenômenos curiosos por processo sugestivo como por exemplo: Se o hipnotizador aproximar do nariz do hipnotizado um copo com água e lhe sugerir que é pimenta (rapé), a pessoa começa a espirrar compulsivamente. É sabido que a água não provoca tal tipo de reação, entretanto, o cérebro está destituído de autonomia e avaliação aceitando como verdadeiro tudo que lhe for dito pelo hipnotizador.

A palavra hipnose (termo derivado de Hypnos, o  Deus grego do sono) foi cunhada pela primeira vez por James Braid (1795-1860), médico inglês de mineiros e cirurgião oftalmologista de Manchester, Inglaterra. Apesar da palavra estar associada ao sono, esse não ocorre como normalmente o entendemos. O hipnotizado está acordado, entretanto destituído de autonomia, auto-direção, auto-eleição. A suscetibilidade desses indivíduos é intensamente ampliada. Eles tornam-se receptivos às sugestões do hipnotizador numa proporção gigantesca. Quanto maior for a profundidade do transe, em maior ou menor intensidade, mais a pessoa se transforma numa marionete presa por fios invisíveis.

 

HIPNOSE E POVOS ANTIGOS

A condição psíquica que conhecemos nos dias de hoje, como hipnose, foi utilizada por muitos povos antigos. Os sumérios já a utilizavam há mais de 5000 anos. Eles dividiam o transe hipnótico em três níveis: superficial, médio, e profundo.

Transe superficial: Estado no qual o hipnotizado está descontraído, relaxado. Mantém a consciência ativa e possui certa autonomia. Aceita sugestões simples como: “Seu corpo está pesado…”,”…suas mãos estão quentes...”, etc. Ao terminar o transe recorda-se de praticamente tudo.

Transe médio: Estado no qual o hipnotizado está profundamente relaxado. Mantém a consciência pouco ativa e sua autonomia está bastante reduzida. Aceita as ordens do hipnotizador com pouquíssima resistência. Terminado o transe recorda-se de fragmentos.

Transe profundo: Estado no qual o hipnotizado encontra-se em completo relaxamento. Embora possa manter os olhos abertos, a consciência está inativa. Não possui nenhuma autonomia. Obedece,  incontestavelmente, as ordens do hipnotizador. Terminado o transe não se recorda de nada, a não ser que haja ordem sugestiva para lembrar-se.

Há cerca de 4000 anos, os antigos egípcios utilizavam a técnica de fixação para induzir os doentes a hipnose. O processo se resume em ordenar ao hipnotizado que olhe para qualquer objeto brilhante como lâminas, bolas, etc., a uma distância de 20 centímetros. Nos dias de hoje se obtém o mesmo resultado com velas, lâmpadas coloridas, bandejas de prata, placas giratórias, etc. O pêndulo é uma das técnicas mais difundidas por causa dos filmes americanos. Por tal razão passou a ter uma conotação repulsiva.

Os antigos gregos e tibetanos conheciam o poder da hipnose, muito antes da época de Cristo e a utilizavam para fins terapêuticos. Muitos outros povos e tribos antigas usavam técnicas hipnóticas, quase sempre, associadas a ritos religiosos ou de cura.

 

 

TÉCNICAS DA HIPNOSE

Há inúmeros livros acerca da técnicas hipnóticas. As técnicas para induzir ao transe são realmente fáceis. Qualquer pessoa pode aprender, entretanto nem todas as pessoas podem ser hipnotizadas. Há indivíduos que oferecem resistência natural ou não são sugestionáveis. A título de curiosidade citaremos algumas.

Técnica Cromática – Nesse processo utiliza-se o contraste entre as cores azul e amarela. A pessoa olha fixamente para um quadro amarelo e outro azul, separados por uma larga faixa branca. Fixa atenção nessa imagem durante alguns minutos sem desviar a atenção deles. Depois de algum tempo a pessoa vê na faixa branca, as margens do quadrado amarelo, uma borda amarelo-claro. Nos limites do quadrado azul aparece uma auréola azul-escuro. Essa imagem produz certo cansaço induzindo ao sono hipnótico.

Técnica da Fixação Ótica – Esse é um dos métodos mais antigos que se conhece. Basta que a pessoa olhe fixa e diretamente nos olhos do hipnotizador. Dependendo da pessoa em poucos instantes entrará em transe.

Técnica da Contagem – É um sistema extremamente simples. Diz-se ao indivíduo: “Agora vou contar de um a dez. No momento em que eu pronunciar o número dez, você entrará em profundo transe”. O hipnotizador poderá acrescentar algumas frases a cada número, se assim o desejar.

Existem dezenas de técnicas hipnóticas, entretanto nosso objetivo não é ensiná-las. Por tal razão não entramos nos detalhes de cada uma delas. Nesse curso de TVP, nós ensinamos a alfagenia.

A alfagenia é parecida com o hipnotismo, mas a diferença fundamental reside no fato de que o indivíduo NUNCA PERDE SUA CONSCIÊNCIA E NEM AUTONOMIA. Há terapeutas regressionistas utilizando o hipnotismo para averiguações de existências passadas, entretanto no campo estritamente terapêutico a alfagenia, além de natural, produz resultados surpreendentes. Nos últimos duzentos anos, o estudo, no mundo ocidental, da reencarnação foi feito fundamentalmente com o processo hipnótico. Repito e insisto: “Não é necessário o uso da hipnose na TVP, até pelo contrário, em muitos casos se torna contraproducente”.

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