Sois Fanaticus


Do latim “fanaticus”, que vem de “fanun”= templo ou lugar sagrado. O “fanático” era o possuído pelo deus. Veja a que ponto a degeneração humana atingiu. No passado, chamar alguém de fanático era um elogio.

Hoje, o fanatismo é uphoto manipulation: m pavoroso defeito que inferniza a vida de todos e em todas as partes. Já que o fanático não tem país, raça, cor, religião, etc., pode aparecer em qualquer lugar.

O fanatismo é a adesão passional a uma pessoa ou idéia, de maneira tão forte e marcante que inibe, em muitos casos, as funções normais de escolha. Cria uma obsessão por algo ou alguém.

 

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO FANÁTICO

O fanatismo desperta na pessoa uma disposição à auto-imolação ou auto-sacrifício, que o leva a dedicar-se ao objeto de seu fanatismo até sua própria destruição. Enquanto o herói é capaz do mesmo sacrifício com lucidez e grandeza, sabendo evitar os sacrifícios inúteis e puramente teatrais, o fanático se revolta contra a própria evidência, pela causa em que está empenhado e aceita, apaixonadamente, o sacrifício total, mesmo que a causa seja perdida.

O fanatismo apresenta afinidades marcantes com o fenômeno da histeria e do masoquismo. Quando o fanatismo atinge uma dimensão social, ou seja, torna-se um fenômeno coletivo, conforme vamos ver mais adiante, pode levar um grupo, e mesmo um país inteiro, a impensáveis loucuras.

No Brasil temos exemplos como a Guerra dos Canudos, no Nordeste e a dos Muckers, no Sul.

Ao nível mundial, encontramos as atrocidades geradas pelo Nazismo de Adolf Hitler, durante a 2a. Guerra Mundial.

O fanatismo encontra um campo de cultura mais propício nos baixos níveis de desenvolvimento, onde é mais freqüente a pequena capacidade de crítica e análise.

Com relação à própria proposta, o fanático fica coibido de senso crítico e análise. Quem é fanático por alguma coisa ou mesmo por determinada pessoa, só vê nela qualidades e a superestima, numa exaltação entusiástica doentia. Quem é fanaticamente contra, só vê defeitos, combatendo-os com ódio implacável. Conclusão: o fanático é fabricador de deuses ou vítimas.

 

CLASSES DE FANATISMOS

É necessário identificar claramente as diferentes manifestações do fanatismo. Em qualquer atividade humana pode surgir o fanático. Há fanáticos por religião, política, alimentação, esporte, lazer, trabalho, país, classe social, raça, cor, filosofia, ideologia, intelectualismo, moda, conjugal, familiar, genealógico, artístico, sexológico, etc.

Diz um princípio esotérico que os semelhantes se atraem, pois assim também ocorre no fanatismo. Indivíduos que comungam do mesmo ideal obsessivo se unem. As variações que o fanatismo pode abarcar são imensas.

 

FANATISMO ALIMENTAR

Todos os seres, desde os átomos até as galáxias, necessitam de alimentos. Existem várias classes de alimentos, em distintos níveis. ExPhoto manipulation funny creative photoshopped: istem três tipos básicos de alimentos, indispensáveis à nossa existência. São:

a) ALIMENTOS FÍSICOS (sólidos e líquidos);

b) ALIMENTOS GASOSOS (ar que respiramos); e,

c) IMPRESSÕES.

Há um princípio filosófico de sobrevivência que diz: “Quem come, vive; quem não come, morre e terá que desaparecer”. Todos nós necessitamos comer e beber, todavia de forma equilibrada e natural. Quando o comer e o beber começam a manifestar-se com exagero (de qualquer natureza), surge o fanatismo.

Existem várias categorias de Fanatismo Alimentar: vegetariano, macrobiótico, frugívoro, carnívoro, naturista, etc. Não estamos nos colocando contra qualquer linha filosófica neste campo. Cada um pode comer o que quiser. Buscamos esclarecer sobre os exageros e absurdos causados pelo fanatismo.

O autor desse curso, em certa época, foi fanático pela Macrobiótica. Seguia rigidamente os fundamentos filosóficos ou Princípio Único, todavia de forma equivocada.

Foram necessários vários anos para compreender o erro. Não estamos nos colocando contra os princípios da macrobiótica. Sabemos por experiência direta que funcionam de maneira profunda e revolucionária. Através da alimentação macrobiótica foi possível melhorar consideravelmente a saúde física. O problema fundamental não era a Macrobiótica, mas o fanatismo alimentar. Acreditávamos que através da alimentação podíamos resolver todos os problemas. Criamos inúmeras proibições, sob o ponto de vista alimentar.

Sem dúvida, a aplicação prática do Princípio Único na alimentação levou-nos a compreender vários aspectos da vida, alguns completamente equivocados.

Existem certas linhas hindus que afirmam categoricamente que, se o homem fosse frugívoro, todas as doenças desapareceriam da face da Terra. Tal pensamento fanático não condiz com a realidade em que vivemos. Por exemplo, nas geladas regiões polares, onde vivem os esquimós, não há frutas, de que viveriam estes povos se não fossem carnívoros?

Não negamos que a dieta frugífera, para certas doenças e pessoas, funciona maravilhosamente, todavia não devemos generalizar e cair no fanatismo.

O vegetarianismo é outro fanatismo bastante difundido nos dias de hoje. O Dr. Samael Aun Weor foi fanático vegetariano. Ele mesmo, em uma conferência gravada em fita cassete e depois transcrita numa coletânea chamada “Cátedras”, afirma o seguinte:

“Eu fui um fanático vegetariano, e em nome da verdade lhes afirmo que me desiludi deste sistema. Todavia, recordo que em Sierra Nevada de Santa Marta, Colombia, América do Sul, quis transformar um pobre cachorro em vegetariano 100%. Sim, o animal aprendeu, mas quando aprendeu, morreu. Observei os sintomas daquela criatura… a debilidade apresentada antes de morrer. Mais tarde, na República de El Salvador, América Central, apresentaram-se em mim os mesmos sintomas, quando regressava para casa, subindo por uma longa rua, mais vertical que horizontal, pois era bastante inclinada. Suava espantosamente, a debilidade aumentava, pensei que ia morrer. Não restou outro remédio senão chamar a Mestra Litelantes, minha esposa, e pedir-lhe para que me assasse um pedaço de carne de boi. Assim ela o fez, e comi a carne. Então, minhas energias reapareceram no corpo, senti como voltava a viver. Desde então, me desiludi do sistema. Aqui no México, conheci precisamente ao diretor de uma escola vegetariana e, o conheci no Restaurante Vegetariano. Esse homem era alemão. Seu corpo foi se debilitando espantosamente, terrivelmente, até apresentar os mesmos sintomas do cachorro de minha experiência. O pobre senhor, ao fim, terrivelmente debilitado, morreu. Conheci também a Lavanhy. Era yogue, gastrólogo e não sei mais o que. Fanático vegetariano insuportável, representava a Universidade da Mesa Redonda, aqui na cidade do México, DF. Seu organismo foi se debilitando horrivelmente com o vegetarianismo. Apresentou os mesmos sintomas do pobre cachorro do meu experimento, e morreu.

“Não quero com isto dizer que devemos ser carnívoros de forma exagerada, não, mais vale que sejamos um pouco equilibrados. Dizia o Dr. Krumm-Heller que necessitamos comer 25% de carne entre os alimentos. Estou de acordo com o Mestre Huiracocha (Dr. Krumm-Heller) e repito: por mui vegetarianos que sejamos…

“As vacas são vegetarianas em cem por cento, mas como afirmou um grande Iniciado, jamais vimos uma vaca Iniciada. Com o deixar de comer carne, nós não nos auto-realizaremos a fundo…

“Não quero com isto negar a seleção de alimentos. De modo algum, eu não aconselharia, por exemplo, a carne de porco. Já se sabe que este animal é leproso e tem a psique demasiadamente bruta e que prejudica o nosso organismo. Convém alimento sadio, a carne de gado, o frango, mais sem jamais chegar ao excesso, porque isto é completamente daninho e prejudicial”.

Até aqui as palavras do Dr. Samael Aun Weor.

Há também o fanatismo alimentar tradicional. Nesta classe se enquadram todos aqueles que vêm se alimentando como seus pais, avós, bisavós, etc. Indivíduos que mudam de região, ou mesmo de país e insistem em seguir o sistema anterior, não se adaptando às condições locais.

Não podemos deixar de mencionar aos carnívoros irredentos. Pessoas que não comem sem carne. Caso não haja um pedaço de carne nas refeições, fazem escândalos, enfurecem-se, resmungam, reclamam, etc.

Devemos buscar uma forma equilibrada de comer, sem exageros, excessos ou abusos. Adaptação às condições que nos rodeiam é fundamental. Uma dieta equilibrada, com cereais, frutas, verduras e carnes é o recomendável. Seja ponderado e certamente não terá problemas.

Extrato da lição do Curso Saber é Poder. Mais info, clique aqui.

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