Aproveitando a oportunidade queremos destacar as palavras da Dra. Dana Zohar, Ph.D, formada em física pela Universidade Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT). Diz ela: “A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual”.
A pesquisadora escreveu vários livros traçando um paralelo entre a Física Quântica e a Filosofia. Em entrevista a Revista Exame em 25/07/2001 disse ela:
“O que é inteligência espiritual?
É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações”.
Toda pessoa espiritualmente inquieta busca saber algo. Quer conhecer a razão e o porquê dos fenômenos. Se você permaneceu estudando até este ponto, seguramente é um buscador.
Os Quatro Caminhos
O buscador procura algo, mas não sabe o quê. Um influxo interior palpitante o impulsiona aqui e ali. Depois de ler vários livros, artigos, assistir conferências, etc., o buscador escolhe um CAMINHO, uma diretriz, algo mais substancioso, que possa lhe explicar o porquê das coisas. Neste ponto surgem quatro opções, ou quatro caminhos:
1) O Caminho do Faquir;
2) O Caminho do Monge;
3) O Caminho do Yogue;
4) O Caminho do Homem Equilibrado.
Estudemos cada um deles para que possamos compreender, de forma clara, qual foi ou é nossa opção.
CAMINHO DO FAQUIR
O Caminho do Faquir está baseado na luta com o corpo físico. Busca submetê-lo à vontade, através de muitos sofrimentos e de severas disciplinas, torturando-o terrivelmente, com o fim de obter o autodomínio.
Há faquires, na Índia, que são capazes de meter a cabeça dentro da areia e ficar horas e horas nesta posição. Podem ser enterrados vivos, ficando com todas as funções orgânicas suspensas por dias e até meses e depois voltam à atividade normal. São capazes de ficar nus em meio ao gelo, sem sentir o menor incômodo. O faquir pode realizar proezas verdadeiramente fantásticas.
No Caminho do Faquir exige-se terríveis exercícios penosos e tremendamente dolorosos. Não é nada fácil manter-se de pé, na mesma posição, horas a fio sem se movimentar. Fechar a mão e deixá-la assim até que as unhas cresçam e atravessem os músculos. Olhar para o sol sem piscar até que as pupilas fiquem queimadas. Deitar em espinhos ou cama de pregos para alcançar o domínio corporal.
Se o faquir não adoecer ou morrer pelos terríveis sofrimentos auto-escolhidos, conseguirá desenvolver uma poderosa força de vontade meramente física. Que fique claro que o faquir incrementa, consideravelmente, a força de vontade física ou instintiva. A AUTÊNTICA VONTADE ou a VONTADE CONSCIENTE não pode ser aumentada com procedimentos tão grosseiros. Sobre a VONTADE CONSCIENTE falaremos oportunamente.
Uma vez que o faquir tenha desenvolvido a VONTADE, urge aprender a usá-la, mas sucede que nesta altura já está velho demais e a morte se aproxima. Mesmo com perfeito domínio físico não poderá aperfeiçoar-se a si mesmo ou adquirir novos conhecimentos. O tempo escoou-se na busca do autocontrole.
Onde existe escola de faquires também há escola de monges. Se, por ventura, o faquir obteve sucesso no autodomínio e ainda não é velho demais, os monges o levam para sua escola a fim de tratá-lo e ajudá-lo a normalizar suas funções orgânicas. Depois de recuperar-lhe o que for possível, os monges começam a instruí-lo.
Aclaramos que o faquir a que estamos nos referindo é um BUSCADOR. É um indivíduo sério que procurou o auto-conhecimento por meio de disciplinas pavorosamente torturantes. Os faquires malabaristas ou circenses, que ganham a vida com espetáculos, fazendo apresentações aqui e ali, não são faquires autênticos. São tão somente atores cuja finalidade é entreter a um público pouco esclarecido.
O faquir autêntico está buscando sair do nível comum, popular, da inexpressiva humanidade, todavia escolheu o caminho do sofrimento e auto-flagelo do corpo físico. É o caminho mais grosseiro, mas seja como for é um caminho, ou melhor, é o início da descoberta de algo mais.
Normalmente, aqueles que optam pelo Caminho do Faquir são os indivíduos instintivos, ou o Homem Número 1, conforme estudaremos no OPUS 4.
CAMINHO DO MONGE
O segundo caminho corresponde ao Caminho do Monge. É o caminho da fé, da religiosidade, dos sacrifícios e abnegações. Sem existir fortes devoções religiosas, emoções místicas e aspirações teológicas não se pode seguir este caminho. O Caminho do Monge é longo e repleto de sofrimentos e renúncias. O monge deve dedicar muitos anos, e até mesmo a vida inteira, na busca do domínio dos sentimentos, visto que o traço característico do monge são as emoções. Está associado ao domínio do CORPO ASTRAL LUNAR ou CORPO DE DESEJOS. Luta por libertar-se dos desejos mundanos, dedicando-se à contemplação, veneração ao DIVINO. Abstém-se de si mesmo para dedicar sua vida a DEUS. Sacrifica suas emoções pessoais pela divina emoção do AMOR SUPREMO. Para ser um servidor eficiente do SENHOR deve dedicar-se aos estudos concernentes à sua FÉ. Precisará preparar-se fisicamente para suportar as duras provas de sua dedicação. Este caminho é muito exigente e poucos chegam à meta final. A maioria morre antes de atingir seu objetivo, ou seja, a liberdade final.
Normalmente, aqueles que optam pelo Caminho do Monge são os indivíduos emotivos ou o Homem Número 2, conforme estudaremos no OPUS 4.
No próximo post abordaremos O Caminho do Yogue e O Caminho do Homem Equilibrado.
Extrato da lição do Curso de Metafísica Energética. Mais info, clique aqui.