Você precisa saber que os sonhos não são fantasias sem qualquer aplicação. Os sonhos se revestem de manifestações que, às vezes, nos trazem soluções ou revelações as quais não conseguimos encontrar acordados. Vamos descrever algumas delas para sua reflexão.
Elias Howe
Elias Howe foi um inventor americano que descobriu o processo mecânico do coser. Durante muitos anos ele procurou descobrir o modo de costurar mecanicamente, mas todas as tentativas resumiam-se em fracasso. Certa noite ele sonhou que foi capturado por tribos selvagens. Os indígenas deram-lhe um ultimato: ou ele inventava a máquina de costura mecânica ou então seria morto. Howe sentiu-se incapaz de resolver o problema, os silvícolas ergueram suas lanças para matá-lo, mas quando elas vinham em sua direção notou que cada uma delas continha, na ponta, um furo semelhante ao olho humano. Ao despertar, de imediato, veio-lhe a memória a estranha lança com um orifício na ponta. Eureca! ele encontrou a resposta para o problema. Concebeu uma agulha cuja ponta penetrante era furada e estava inventada a máquina de costura automática.
Kekulé
Friedrich August Kekulé foi um químico alemão que descobriu a fórmula estrutural do benzeno. Embora estivesse pesquisando o assunto a um certo tempo, o químico não encontrava a solução. Certa noite sonhou que os átomos encarregavam-se de uma estranha dança e transformavam-se repentinamente numa cobra que mordia sua própria cauda. Ao despertar, repentinamente lhe veio a compreensão da estrutura que procurava e que por sua vez tinha a forma de um
anel. Esta descoberta foi a chave para a fabricação de corantes sintéticos que revolucionou o campo da Química Orgânica.
W. Dunne
W. Dunne foi um aviador pioneiro e engenheiro aeronáutico inglês. Era um homem correto, honesto e afirmava ter sonhos premonitórios. Certa vez Dunne estava acampado em sua unidade militar durante a Guerra Bóer, na África do Sul. Ao adormecer teve um sonho. Em sua visão, encontrava-se numa colina contemplando um vulcão a ponto de entrar em erupção. Dunna viu a si mesmo numa ilha vizinha, pedindo desesperadamente aos oficiais franceses para que enviassem navios a fim de salvar as 4.000 vítimas. Nesse ponto ele acordou. Dias depois, chegou ao posto avançado em que ele servia. Chegaram os jornais ingleses com a seguinte notícia: “Desastre causado por um vulcão na Martinica”. Essa era a manchete do Daily Telegraph. A erupção causou a morte de cerca de 40.000 pessoas. Dunne descreveu esse relato com detalhes em um “best seller” que mais tarde escreveu.
Champmeslé
Champmeslé foi um ator francês do século XVII. Certa vez, ele sonhou que viu sua mãe, que já era falecida, acenar-lhe com entusiasmo. Pressentiu que a cena na qual aparecia sua mãe era na verdade o anúncio de sua própria morte. Assim comunicou aos amigos o fato e providenciou e pagou prontamente a sua própria missa fúnebre. No final da missa, ao sair da igreja caiu morto.
Napoleão
Conta-se que o famoso conquistador Napoleão sonhou com um gato negro correndo atrás do seu exército. Esse animal colocava as suas tropas em desordem precisamente antes da famosa batalha de Waterloo na qual foi copiosamente derrotado.
Lincoln
Abraham Lincoln foi um dos maiores e melhores presidentes que já governou os Estados Unidos da América. O estadista sonhou com sua própria morte alguns dias antes de ser assassinado por John Wilkes Booth. A esposa do presidente descreveu o sonho do marido. Lincoln disse que passeava pela Casa Branca quando ouviu alguém chorar. Quando chegou à sala leste viu um cadáver colocado numa urna rodeado por um cortejo fúnebre e por um destacamento militar. Aproximou-se e perguntou a um dos soldados quem havia falecido. O soldado respondeu: “O presidente … Foi morto por um assassino”.
Arquiduque Francisco Ferdinando
Será que um sonho poderia ter evitado a primeira guerra mundial? Talvez. O estopim da primeira guerra mundial foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, da Áustria-Hungria. O bispo Joseph Lanyi era o tutor do arquiduque. Conta-se que ele sonhou que Francisco foi mortalmente atingido por um tiro durante a passagem de seu automóvel pelas ruas da cidade de Sarajevo. Com muito pavor, o bispo registrou todos os detalhes do sonho e tentou avisar ao arquiduque, mas nesse mesmo dia recebeu o telegrama comunicando-lhe o assassinato do mesmo modo que ele previra.
Poderíamos citar dezenas e dezenas de casos semelhantes, contudo, cremos que os exemplos apresentados são suficientes para percebermos a seriedade das experiências oníricas.