Vida Além da Morte: O Que Diz a Ciência


Vida Além da Morte

Você tem medo da morte? Por que você teme a morte? Será que o temor à morte vai impedi-la de nos atingir? Se você só leu as perguntas e não as respondeu PARE e… responda!

Certamente você já deve ter perdido algum parente querido, mas lembre-se que a morte é um fenômeno que chegará a todos nós, quer sejamos cultos ou não, ricos ou pobres, lavradores ou cientistas. A morte iguala a todos, indistintamente.

Ora, como a morte é um acontecimento ao qual não escaparemos, vamos estudá-la com seriedade e profundidade.

 

EXPERIÊNCIA DE SWEDENBORG

Emanuel Swedenborg nasceu em Estocolmo em 1688 e morreu em 1772. Escreveu sobre Anatomia, Fisiologia e Psicologia, além de deixar uma vasta contribuição literária.

Seus relatos sobre a morte são muito interessantes. Vejamos alguns trechos:

“O homem, quando morre, apenas passa de um mundo para outro”.

Swedenborg diz que passou pela morte aparente e descreve experiências fora do corpo.

“Fui conduzido ao estado de insensibilidade dos sentidos corporais, por isto, quase ao ponto da morte; porém, a vida interior, com o pensamento, permaneceu íntegra. Devido a isto, percebi e retive na memória todas as experiências dos que são ressuscitados dos mortos…”.

Diz o filósofo que durante suas experiências encontrou seres que se identificavam como anjos.

“Estes anjos perguntaram-me primeiro qual era meu pensamento, se era como o pensamento dos que morrem, que é geralmente sobre a vida eterna…”.

Para Swedenborg, o recém-morto não sabe que está, de fato, morto, porque ainda percebe seu corpo energético de forma muito semelhante ao corpo físico.

“O primeiro estado do homem depois da morte é semelhante ao seu estado no mundo, pois na ocasião é como se ele ainda estivesse em exterioridade… Por isso, não tem outro meio de saber que ainda está no mundo”.

Cremos que estes extratos são suficientes para que você perceba que muitos autores, filósofos e homens-sábios relatam fenômenos semelhantes quando tratam da morte.

 

LIVRO EGÍPCIO DOS MORTOS

Há uma obra monumental, deixada pelos antigos egípcios, chamada de “LIVRO DOS MORTOS”. Alguns documentos atribuem sua autoria a Hermes Trimesgisto, ou Thot, o mesmo autor do Tarot. Nesta obra encontramos uma coleção de hinos, orações, letânias, fórmulas mágicas, palavras de poder e conjurações para salvar a alma das provas da morte.

A data da origem do citado livro é desconhecida. Alguns pesquisadores crêem ser provável a existência destes conhecimentos na forma tradicional, muito antes das primeiras dinastias egípcias. Afirma-se que o REI UNAS, da V Dinastia, ao construir uma pirâmide, cercou-a com muros e deixou nas paredes inscrições, em hieróglifos, desta obra. Nas pirâmides da VI Dinastia encontrou-se duplicatas mais completas. Durante as dinastias XI e XII continuaram preservando os textos sobre sarcófagos, ataúdes e papiros.

Na verdade, o “LIVRO DOS MORTOS” é um saber mágico para conduzir o defunto ao outro lado da vida. A religião egípcia estava intimamente associada a práticas de magia.

Desta singular obra, extraímos, do Capítulo LXXVIII, o seguinte:

Olha. O Deus de um rosto está comigo. Salve, Oh sete seres ordenadores, que sustentais a balança na noite do juízo do UTCHAT, que decapitais e degolais, que com a violência vos apoderais dos corações e rasgais os peitos, que perpetrais matanças no Lago de Fogo, vos conheço e sei vossos nomes. Conhecei-me, por conseguinte, como sei vossos nomes. Avanço até vós, portanto avançai para mim e viverei em vós. Dai-me vigor com o que tendes em vossas mãos, isto é, com o bastão de mando que vossas destras empunham. Ordenai a vida para mim com vossas frases, anos após anos, conferi-me miríades de anos sobre meus anos de existência, multidões de meses de existência e inúmeras noites sobre minhas noites de existência. Concede-me que surja e brilhe em minha estátua, ar para meu nariz e poder para minhas pupilas a fim de que vejam os seres divinos que moram no horizonte, o dia do cômputo equitativo dos pecados e maldades”.

 

Os egípcios possuíam conhecimentos muito profundos a respeito da morte e do trajeto da alma até as regiões desconhecidas dos portais do além. Caso você queira saber mais sobre isto consulte a bibliografia no final desta publicação.

 

BARDO THODOL

O “Bardo Thodol“, ou “LIVRO TIBETANO DOS MORTOS“, é uma obra notável. Resulta de compilações dos ensinamentos dos sábios tibetanos transmitidos oralmente durante muitos séculos de pré-história. Historicamente, diz-se que foi escrito no século VIII a.C., mesmo assim era mantido em segredo e escondido dos profanos.O livro era lido pelos lamas e monges como parte da cerimônia fúnebre, ou aos moribundos nos momentos finais de sua vida. O objetivo desta leitura tinha dois objetivos:

1) Orientar o falecido, ou ao que estava desencarnando, em seu caminho através das vias da morte. Através da recitação, o defunto ia identificando os diferentes estágios de consciência pelos quais ía passando.

2) Estimular aos vivos a não se entristecerem pelo moribundo, a fim de não obstacularizarem o desprendimento da alma deste mundo para outras regiões celestiais. Os pensamentos positivos emitidos ao morto facilitavam a sua passagem interdimensional. As preocupações emocionais, tristezas, apegos e todos os pensamentos e sentimentos negativos dificultavam a transição da alma para o além.

Os lamas e monges encarregados deste trabalho eram devidamente preparados por longos anos de estudo e práticas. Para realizar esta função, o “Bardo Thodol” descreve longamente os vários estágios pelos quais o desencarnado deveria atravessar.

Diz o Livro Tibetano dos Mortos, de forma poética e alegórica, que a CONSCIÊNCIA ou ALMA atravessa uma etapa de atordoamento, penetrando numa espécie de vácuo. Não nos referimos a um vácuo físico, material, mas sobretudo psicológico, interior, anímico. Neste estágio pode ouvir os quatro sons, chamados no Livro de “sons que inspiram o terror sagrado”. Estes sons são os seguintes:

  1. a) Avalanche de uma montanha, que corresponde à força vital do elemento TERRA;
  2. b) Ondas do mar, que correspondem à força vital do elemento ÁGUA;
  3. c) Incêndio numa selva, que corresponde à força vital do elemento FOGO; e
  4. d) Trovões violentos reverberando simultaneamente, que corresponde à força vital do elemento AR.

Tudo isto em meio a um nevoeiro meio acinzentado. Vê e ouve parentes e amigos velando seu corpo, preparando-o para o enterro. Tenta conversar com as pessoas dizendo que está vivo e bem, todavia eles não o ouvem e nem o vêem. Devido ao adormecimento da CONSCIÊNCIA, não sabe o que fazer. Não compreende que está morto, fica confuso. Pergunta a si mesmo se, de fato, está ou não morto. Ao compreender que sim procura onde ir e o que deve fazer. Grande tristeza se abate sobre o falecido, fica deprimido por causa do seu estado. Por certo tempo ainda permanece em sua casa ou nos lugares que lhe eram familiares durante sua existência.

O livro tibetano ainda fala de um CORPO LUMINOSO constituído de uma substância imaterial. Este corpo pode atravessar pedras, montanhas, muros, sem encontrar qualquer resistência. Pode viajar, instantaneamente, por onde queira. Basta pensar no lugar e já estará lá. Os pensamentos e percepções são menos limitados. Caso tenha sido cego, surdo ou aleijado, comprova que seu “novo corpo luminoso” possui todos os sentidos e está em completa e perfeita saúde. Certamente encontrará outros seres de constituição idêntica à sua, ou pode encontrar uma LUZ CLARA E PURA. Se assim suceder, recomendam os sábios tibetanos, deve o falecido pensar somente em AMOR, MISERICÓRDIA e COMPAIXÃO PARA COM TODOS.

O “BARDO THODOL” também relata a imensa sensação de paz e contentamento. O Moribundo é levado a rever sua vida numa espécie de “tela” ou “espelho“, onde tudo que fez de bom ou mal aparece. As imagens são vistas tanto pelo falecido como também pelos seres que o estão julgando. Neste estado NÃO É POSSÍVEL ENGANAR OU MENTIR sobre a própria VIDA.

 

A CIÊNCIA FALA DA MORTE

A definição de MORTE, no campo científico, é bastante controvertida. Com o avanço da tecnologia dos transplantes, os critérios de MORTE CLÍNICA variam de médico a médico, como também de hospital para hospital. Portanto, cumpre-nos analisar as três definições mais aceitáveis.

1) A morte como inexistência de sinais vitais clinicamente detectáveis.

Os sinais fisiológicos principais, perfeitamente observáveis, tanto para o leigo como também para o médico são:

– Ausência de batimentos cardíacos;

– Ausência de respiração;

– Queda da pressão arterial, a ponto de não poder ser medida;

– Pupilas dilatadas;

– Temperatura corporal ausente ou abaixo do normal.

2) A morte como inexistência de atividades das ondas cerebrais.

O eletroencefalógrafo (EEG) é um aparelho que amplia e registra os mínimos impulsos elétricos do cérebro. Para alguns médicos só há morte clínica, de fato, quando o EEG não registra nenhum impulso elétrico; é a chamada MORTE CEREBRAL. Todavia, convém ressaltar que altas doses de tranquilizantes podem reduzir quase a zero as atividades elétricas cerebrais. Analogamente, a baixa temperatura do corpo (hipotermia) também produz fenômeno similar. Portanto, o EEG é altamente eficiente, entretanto não é infalível.

3) A morte como dano irreversível das funções vitais.

Neste caso há maior rigor. A morte só é considerada real quando se verifica a impossibilidade do corpo voltar à vida. Mesmo com ausência de sinais vitais ou inexistência de atividades cerebrais.

Vemos que, à medida em que a Medicina avança no campo tecnológico, a definição de morte torna-se cada vez mais sutilizada. Muitas pessoas passaram por aparente morte, com inexistência de sinais vitais e atividade cerebral, e no entanto voltaram à vida e narraram experiências inusitadas, altamente confortantes.

 

O QUE É MORRER?

Esta é uma pergunta que a humanidade vem fazendo desde sua existência. A Medicina tem sua resposta, conforme já vimos, todavia, ainda insatisfatória. A Psicologia, a Filosofia, a Sociologia ou a Teologia possuem suas versões.

Ocorre que a grande maioria da população não quer, ou teme, falar da morte. Esta aversão pode ter duas explicações:

1) A MORTE COMO TABU

Todos nós, no fundo, sabemos que iremos morrer, mas devido à ignorância e ao apego excessivo à vida terrena, recusamos aceitar ou estudar o assunto de forma aberta e livre de preconceitos.

2) AUSÊNCIA DE DESCRIÇÕES SATISFATÓRIAS

A afirmação mais comum que ouvimos é: NINGUÉM VEIO DE LÁ PARA CONTAR. Esta frase indica, claramente, uma ignorância, falta de sensibilidade e, em muitos casos, fanatismo e paranóia. A pobre criatura crê-se dona da verdade e aquilo que ela não sabe, não existe.

Há uma grande dificuldade em se dialogar sobre o assunto devido à hiper-valorização das experiências sensoriais, porque a morte é algo que está além da experiência consciente da maioria das pessoas.

A analogia mais aceitável que podemos fazer é relacionar a morte ao sono. Morrer é como dormir. Esta visão é encontrada e aceita com maior frequência, além de ser muito comum em muitas culturas primitivas e modernas.

Homero, sábio grego, há séculos atrás, escreveu uma obra chamada “ILÍADA”. Ele chama o sono de irmão da morte. Platão, em seu diálogo “A APOLOGIA”, atribui a Sócrates (condenado à morte pelo júri ateniense) as seguintes palavras:” Agora, se a morte é só um sono sem sonhos, deve ser um benefício maravilhoso”.

Em rigorosa definição esotérica, só há morte quando o CORDÃO DE PRATA é rompido pelos Anjos da Morte. O cordão de prata é um fio eletromagnético que conecta o corpo físico com o corpo espiritual. Sempre que dormimos, o corpo espiritual, ou alma, sai do corpo físico, mas nem por isso morremos. Quando estamos para despertar, o corpo espiritual penetra e se justapõe dentro do corpo físico. Se não nos recordamos de onde estivemos durante o sono isso se deve ao ADORMECIMENTO DA CONSCIÊNCIA. Quando uma pessoa desperta a consciência, através de auto-esforços e padecimentos voluntários, encontra-se perfeitamente CONSCIENTE NO MUNDO DO SONO. Para esta pessoa não haverá o pavor da morte, pois sabe que um dia dormirá e não retornará a este vale de lágrimas.

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