Os métodos terapêuticos não convencionais vêm cada vez mais ganhando adeptos. Há dezenas de sistemas alternativos que quando corretamente utilizados por profissionais capacitados produzem resultados altamente benéficos para o reequilíbrio orgânico e recuperação da saúde. Isso não quer dizer que devemos abandonar as técnicas da medicina ortodoxa. Até pelo contrário, deve-se procurar aliá-las para o bem estar do indivíduo.
O MAGNETISMO ATRAVÉS DA HISTÓRIA
Os registros históricos revelam que Aristóteles (III séc. a.C.) foi a primeira pessoa citar acerca das propriedades terapêuticas do magneto natural, chamado por ele de “magneto branco”. No primeiro século d. C. Plínio falou do uso do magneto para doenças dos olhos. Galeno, no terceiro século, elogiou as virtudes do magneto como cura para constipação; e Marcel, um filósofo francês e médico do quarto século, recomendou usar um magneto no pescoço para aliviar as dores de cabeça.
Alexandre de Tralles (séc. VI), empregou um magneto no tratamento de dores articulares. Avicena, famoso médico árabe do séc. XI, usou-o contra melancolia. Aproximadamente nessa mesma época, Alberto Magno declarava que o magneto exerce um efeito salutar e poderoso no corpo humana.
O escritor Colchester, por volta de 1600, escreveu um livro, cujo título foi “THE MAGNET”.
Aparentemente, o magneto foi usado continuamente, no séc. XVI quando Paracelso ainda o mencionava como meio terapêutico. Os estudiosos dizem que provavelmente foi o primeiro a mencionar polaridade. Mesmo que sua descrição seja ainda meio vaga, ele diz que aplicou um ou outro lado do magneto de acordo com o efeito desejado.
O físico e médico inglês Willian Gilbert, no século XVI, levantou a hipótese de que a Terra seria um grande ímã, devido à atração da agulha magnética da bússola.
Kircher, célebre estudioso e jesuíta alemão, publicou muitos documentos acerca do magneto e, em particular, em seu “Magnetismus medicinalium”, na qual ele nos informa da utilização contínua dos magnetos desde tempos remotíssimos. Ele descreve os métodos empregados e os resultados obtidos.
Posteriormente, numerosos médicos e cientistas tem perseverado no uso terapêutico do magneto e na publicação das suas descobertas. Father Hell, famoso astrônomo, manufaturou magnetos com grande variedade de formas e tamanhos para serem utilizados nos braços, pernas, pescoço, etc. do corpo humano.
O físico Michel Faraday (1791-1867), realizou mais de 16.000 experiências com o magnetismo.
Em 1843 Eydam publicou uma tese da aplicação do magneto para o corpo humano para fins terapêuticos. Em 1869, Maggiorani anunciou os resultados positivos obtidos pela aplicação dos campos magnéticos ao corpo humano no tratamento de pacientes que sofriam de histeria e diabete.
Charcot e Renard, em 1878, utilizaram a ação de campos magnéticos no tratamento de histeria.
Samuel Hahnemann, fundador da Homeopatia , em seu livro “Organon”, dedica várias páginas ao uso do magnetismo para fins de cura.
Em 1962, Paul Spiegler, em sua publicação intitulada “Bibliography of the Biological Effects of Magnetic Fields”, cita numerosos trabalhos datados desde 1900 até 1962 sobre a utilização dos magnetos para diversas finalidades.
PESQUISAS CIENTÍFICAS ATUAIS
Numerosos pesquisadores e cientistas, nos dias de hoje, têm se dedicado à pesquisa dos efeitos dos campos magnéticos. Vejamos algo a respeito.
BIOMAGNETISMO
O Dr. Madeline F. Barnothy, professor da Física na Universidade da Virginia e também na Universidade de Illinois; na Fundação de Pesquisas Biomagnéticas, todos nos Estados Unidos, além de estar ligado ao Instituto de Atividade Nervosa e Neurofisiológica e à Academia de Ciência da ex-União Soviética, comprovou o efeito do uso do magnetismo para inúmeras desordens orgânicas no ser humano e também nos animais.
Suas conclusões principais são as seguintes:
Os MAGNETOS produzem ação inibitória sobre as bactérias e fungos, também retardam e controlam o crescimento dos tumores de células cancerosas.
Os MAGNETOS beneficiam a vida vegetal, estimulando o crescimento e aumentando a produção.
Os MAGNETOS estimulam hormônios no animal aumentando a produção de leite, além de regular o equilíbrio entre o sódio e o potássio.
O MAGNETISMO ajuda a certos pássaros e animais na orientação instintiva de migração.
Muitas experiências físicas e biológicas estão sendo realizadas por diferentes pesquisadores em várias partes do mundo. Cada vez mais se comprova a eficácia dos campos magnéticos para múltiplas utilidades.
ORIENTAÇÃO MAGNÉTICA
De fato, o campo de estudo do magnetismo é tão amplo que a maior parte das nações tem realizado alguma pesquisa. Freqüentemente o interesse tem sido militar. Estudos, em conjunto, feitos, pela França e a Rússia têm mostrado por exemplo, que os peixes encontram seu caminho através de sistemas de guias magnéticos que poderiam talvez facilitar a mira e trajetória dos mísseis. Outros experimentos feitos na Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, tiveram as mesmas conclusões onde os pássaros foram estudados. A experiência envolveu a percepção dos sentidos de orientação deles fixando um magneto perto da cabeça de pássaros migratórios.
MAIS DESCOBERTAS
Os Estados Unidos estão especialmente interessados naqueles aspectos do magnetismo relacionados com a navegação espacial e em particular nos problemas que podem acometer o homem no espaço originados nos campos magnéticos fracos.
Os países variam consideravelmente no grau de atenção devotado ao efeito do campo magnético sobre organismos vivos conhecidos. Na Rússia foi denominado de biomagnetismo em outros países de magneto biologia.
Os russos estão fazendo consideráveis descobertas. Desde 1948 os médicos, do então, Exército Vermelho usaram os magnetos para reduzir a dor nos membros após a amputação.
Pesquisa neste aspecto está sendo executada, principalmente no Instituto Médico de Rostov e na Academia Militar de Leningrado.
No Canadá a pesquisa está sendo liderada por várias universidades em conjunção com o Ministério da Agricultura. Dedicaram suas pesquisas para melhorar a germinação expondo os grãos a campos magnéticos. Obtiveram uma colheita 10% maior e antes do tempo regulamentar.
Acredita-se que o Japão é o país onde a maior atenção está sendo dada aos usos terapêuticos do magneto. Algumas experiências foram conduzidas em hospitais. O Ministério de Saúde japonês deu aprovação a vários tipos de braceletes e colares contendo magnetos e autorizou a venda ao público através de farmácias.
ESTUDOS DE NAKAGAWA
Em 1976 o pesquisador japonês Dr. Nakagawa desenvolveu um estudo que envolvia o uso de magnetos de 5 mm de diâmetro e 2,5 mm de espessura. O magneto era fixado à pele com um adesivo. O campo magnético medido pelo contato com o magneto é 590 Grauss.
O emprego do magneto era muito simples. Bastava a pessoa simplesmente fixa-lo à área dolorida da pele ou a qualquer área que estivesse rígida ou tensa.
Foi enviado um questionário a 11648 usuários. As pessoas do grupo de teste declararam seu sexo, idade, os sintomas pelos quais o magneto era usado, os resultados obtidos e quanto tempo foi necessário para alcançá-los.
Em geral, os magnetos foram usados para as seguintes condições doloridas: rigidez do pescoço e ombros (45,20%), lombalgia (19%) nevralgia (13,90%), músculos doloridos (12,30%), reumatismo (91,30%), outros (6,30%), nenhuma resposta (2%). As mulheres totalizavam 57% do total e os homens 43%. A idade do grupo mais representativa foi de 40 a 49 anos. Do grupo testado neste estudo (11648 casos) mais que 90% disse que o procedimento foi efetivo para o tratamento dos sintomas indicados. Os comentários desses 90% puderam ser resumidos em três categorias: muito eficaz, eficaz e razoavelmente eficaz e menos que 10% considerou o produto como ineficiente ou escassamente efetivo ou eficaz.
Normalmente os efeitos apareceram em 2 ou 3 dias de uso. Mais do que 90,5% dos efeitos classificados como eficazes surgiram antes do fim do quarto dia. Nenhum efeito negativo como agravante dos sintomas foi relatado.