Você Conhece Alguém com Depressão?


Já vimos que a depressão pode somatizar-se em forma de dores nas costas. Impotência, insônia, torpores, perturbações gastrointestinais, palpitações cardíacas, entre outros males são também equivalentes depressivos.

Pensamentos:): Estima-se que cerca de um em cada cinco hipocondríacos são, na verdade, vítimas de depressões subjacentes. Somente cerca de 25% dos deprimidos procura os médicos motivados por desconforto orgânicos.

Dr. Michael J. Halberstam, da Escola Médica da Universidade George Washington, EUA, relata o caso de sete pacientes deprimidos. Cada um deles o procurou por causa de uma gripe ou resfriado que não queria desaparecer apesar das providências tomadas. Os sintomas não apresentavam qualquer relação com doença viral ou do sistema respiratório. Eles sentiam-se cansados. Tinham dificuldade em manter-se concentrados e sentiam dificuldade em levantar-se da cama ao despertar pela manhã.

Dr. Halberstam também relata dois casos de pacientes que o procuraram por causa de “infecções oculares”. No entanto, ao consultar o oftalmologista nada de anormal foi encontrado. Um deles reclamava que seus olhos pareciam pesados. O segundo queixava-se de ter dificuldade em ler. O verdadeiro problema não era visual e sim dificuldade de concentração naquilo que estava lendo.

A pessoa deprimida, com freqüência sente pressão, dor difusa e ardência no peito. Quando lhe perguntam onde dói, a resposta é imediata apontando para o peito. Esse gesto é característico da pessoa depressiva.

É comum entre os deprimidos o surgimento da fadiga. A vítima sente-se incapaz de realizar suas tarefas normais do dia. Para eles tal trabalho é um fardo pesadíssimo. Essa exaustão pode ser originada em alguém que sofreu forte tensão por tempo prolongado. Ao que parece, a incapacidade do organismo reagir aos estímulos resulta de uma reação do corpo para reequilibrar-se após grande esforço.

 

FADIGA DE ORIGEM EMOCIONAL

Nos casos de fadiga muito prolongada no qual o indivíduo se sente excessivamente cansado até mesmo pelo menor esforço. Tais indicações significam que essas pessoas possuem, em sua maioria, conflitos emocionais significativos. Em pesquisa realizada com trezentos pacientes acometidos de fadiga crônica, comprovou-se que somente 20% estavam com problemas orgânicos como anemia, falta de vitaminas ou complicações hepáticas. Dr. Nathaniel Shafer, da Escola Médica de Nova Iorque opina que: “Mesmo nesses casos  não é certo afirmar que o mal orgânico tenha sido o motivo de fadiga. Uma vez que muitos pacientes vítimas desse mal, não apresentaram fadiga em seus sintomas”.

Cremos que todos nós já tenhamos experimentado a situação em ter que realizar um trabalho desagradável. Constatamos ser a tarefa muito mais aborrecedora e fatigante. O contrário também é verdadeiro. Muitas vezes temos que realizar tarefas exaustivas e, no entanto, não nos sentimos tão cansados. Uma provável explicação deve-se ao fato de que enquanto a pessoa está se obrigando a executar determinado trabalho, na realidade interiormente ela busca fugir daquela situação. Desse modo lhe falta estímulo das supra-renais, produzindo uma “deficiência de energia”. Na verdade, a pessoa tanto  fisiologicamente como emocionalmente funciona como se estivesse em repouso. Esse estado é indicado pela redução da quantidade de açúcar no sangue. Mesmo que se administrasse doses de açúcar o feito passaria rapidamente. O estado, até mesmo poderá ser agravado porque o açúcar gera uma contra-reação sob a forma de produção excessiva de insulina. O melhor, portanto, é evitar o açúcar.

A fadiga emotiva origina-se em um conflito entre o desejo passivo e dependente e a ambição ativa e agressiva. O indivíduo fatigante poderá sofrer de falta de esperança em alcançar a meta desejada. Pode até mesmo considerar uma luta frustrante diante das condições insuperáveis. Também pode ocorrer, a falta de incentivo concreto.

Dr. Franz Alexander e Dr. Sidney A. Portis examinaram nove pessoas com fadiga na qual havia a presença de baixo nível de açúcar no sangue. Todos eles eram desprovidos de entusiasmo, ânimo e interesse pela vida. Demonstravam total falta de iniciativa em casa, no trabalho ou em qualquer atividade. Na maioria dos casos observados os médicos descobriram que nesses casos a fadiga se manifestou após essas pessoas haverem abandonando a meta desejada. Desistiram. Resignaram-se em dar continuidade a mesma rotina detestável, contra qual se revoltavam intimamente.

Dr. Alexander e Portis examinaram um negociante que manifestou a fadiga imediatamente depois de ter abolido o principal incentivo em seu emprego. Já um médico apresentou crises de fadiga insustentável após ter passado a clinicar por conta própria. Isso na realidade estava contra o seu desejo íntimo. Um artista apresentou crises logo após ter concordado em trabalhar em um escritório tendo que abrir mão de sua carreira artística. Sendo essa a qual ele mais desejava. Uma dona de casa manifestou as crises depois que o seu marido recusou a ter filhos ou adotá-lo. Viu-se obrigada a abrir mão de sua esperança ardente em ter um filho. Assim, sua vida perdeu a razão de ser, tornando-se intolerável.

 

ATIVIDADES POSTURAIS E EMOÇÕES

Dependendo do tipo de personalidade de uma pessoa poderemos deduzir certas reações emocionais? Dr. Alexander Lowen pensa que sim. Dr. Lowen é psiquiatra e autoridade no que diz respeito ao efeito das emoções sobre a anatomia humana. Segundo ele, o corpo é o espelho da personalidade, já que suas emoções a leva a assumir certas atitudes corporais especiais. Cada expressão do corpo tem um significado e um sentido. O tom de voz, a qualidade de aperto de mão, a postura, a expressão do olhar, o modo pelo qual anda ou senta-se. Tudo isso são sinais demonstrativos do conteúdo emocional da personalidade.

A tensão muscular produzida por cargas emocionais traduz-se em certos condicionamentos comportamentais. A tensão muscular é capaz de operar profundas alterações na estatura e postura. O Dr. Graham Fagg, pediatra inglês, estudou a  forma pela qual a postura é capaz de revelar certas atitudes emocionais definidas. Um dos exemplos é o que denomina de postura do medo- ódio. Essa revela a agressão. A pessoa, nesse caso, apresenta os ombros permanentemente encolhidos, encostados e repuxados, com a cabeça em atitude característica, abaixada devido  ao enrijecimento dos músculos da nuca. Essa é a postura típica de uma criança oprimida, sob o domínio de um adulto.

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