Hepatite C : Mal silencioso


1,2 Milhão de Brasileiros têm Hepatite c e não sabem

No Brasil, estima-se que 1,4 milhão de pessoas tenham hepatite C, das quais menos de 15% sabem que têm o vírus. Uma das principais causadoras de câncer no fígado e cirrose, a doença é silenciosa, pois não apresenta sintomas significativos. A maior parte das pessoas só descobre que tem a doença quando ela já evoluiu para um caso grave.

Para alertar a população sobre a gravidade do problema e a necessidade de realizar o teste para a doença a Organização Mundial de Saúde instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais.

A hepatite nada mais é que uma inflamação no fígado. A causa mais comum é a infecção por vírus, mas ela também pode resultar do uso abusivo do álcool, de alguns medicamentos e drogas ou até mesmo de doenças autoimunes. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C, mas existem ainda os tipos D e E.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 400 milhões de pessoas contraem hepatite B ou C todos os anos. As doenças são responsáveis também por 57% dos casos de cirrose e 78% das ocorrências de câncer hepático.

Os primeiros sinais da hepatite podem ser confundidos com os de uma virose comum. Quando aparecem, os sintomas vêm na forma de muito cansaço, mal-estar, falta de apetite, perda de peso, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

HEPATITES VIRAIS
MAIS COMUNS NO BRASIL

 

Hepatite A

– Transmitida pelo consumo de água ou alimentos contaminados pelas fezes de uma pessoa com a doença, ela é comum em regiões com saneamento básico precário ou inexistente e pode ser fulminante em menos de 1% dos casos. No Brasil, a maior incidência é em crianças de 5 a 9 anos (15%) e nas regiões Norte e Nordeste. A vacina contra a doença faz parte do calendário infantil brasileiro.

 

Hepatite B

– O vírus da hepatite B é transmitido pelo contato com sangue ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada, como sêmen, secreções vaginais e saliva. Ele também pode ser transmitido de mãe para filho no parto e na amamentação. No Brasil, a doença afeta mais adultos entre 35 e 44 anos (22%) e 36% dos casos estão no Sudeste.

De acordo com a OMS, 240 milhões de pessoas têm hepatite B no mundo e mais de 780 mil morrem anualmente devido a complicações da doença. Não existe cura, mas o tratamento pode melhorar a qualidade de vida do paciente e reduzir as chances de incidência de câncer e cirrose.
A vacina contra hepatite B é oferecida no Brasil o ano todo nos postos de saúde para quem tem até 49 anos ou pertence a grupos vulneráveis (homens que fazem sexo com homens, transexuais, travestis, profissionais do sexo, gestantes, profissionais da saúde e manicures entre outros).

 

Hepatite C

– Transmitida principalmente pelo contato com sangue contaminado, a hepatite C não tem vacina. Anualmente 500 mil pessoas morrem por causa de complicações da hepatite C, segundo a OMS. No Brasil, ela é mais comum em adultos entre 50 e 59 anos (31%) e 67% dos casos estão no Sudeste. A hepatite C também pode ser transmitida sexualmente e da mãe infectada para o filho, mas essas formas são raras.
A partir deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer um novo tipo de tratamento para os pacientes com hepatite C. Trata-se de um moderno composto de medicamentos (daclatasvir, sofosbuvir e simeprevir), tomado via oral, com uma taxa de cura até 90% maior do que outros métodos. Essa terapia também irá agilizar o tempo de tratamento, que vai passar de 48 para 12 semanas. Vale lembrar que o tratamento para qualquer forma de hepatite é oferecido gratuitamente pela rede pública.

 

Fonte —  http://noticias.uol.com.br/conteudopublicitario/ministeriodasaude-hepatite/

Share